(portuguese below)
Rachel Joyce’s book ended up in my collection because of a great email list I am a part of. It’s called ‘Book Gorilla‘ and everyday they send a list of Kindle e-books, based on my reading preferences, that are being sold for 4.99 (at the most) and below for a certain amount of time, usually 24hrs. Being a lover and hoarder of books I love being able to expand my library with titles I bought with such great prices.
I’ve found quite a few great authors on this list. Rachel Joyce’s Harold Fry was one of those. I picked it up because it seemed like an interesting story and I liked the cover. 🙂 I know the old saying ‘don’t judge a book by it’s cover’ but I have to confess there are times when I skip a book simply because I don’t like the cover – and the title. Specially when it comes to cheesy romance books, the Twilight style ones specially. 😀
Anyway, I digress. Harold Fry’s book is a wonderful story about an old man who, on a whim, decides to visit his old friend, Queenie, who is dying from cancer, miles and miles away. The catch is that he decides to make the journey on foot. This ends up giving him plenty of time to rethink his life, his relationships, his priorities and what he has done with his life. It’s beautiful and engrossing. A completely unassuming book that comes up to you and catches you by surprise. 🙂 I love books like that.
The quote I chose happens in one of the first nights Harold spends away from home, when he is looking back on the life he’s led and what he had wanted to accomplish from it. It’s full of regret and unsaid words. It’s a quote heavy with meaning – and I loved it. This is ‘wordsmithing’ at it’s best and it evoked the kind of visual I wanted to make for this project.
So, I set out to do it and think about how could I make it more interesting and evocative visually. I asked a friend of my mom’s whether I could shoot at her house because I knew they had big glass doors – which I don’t have at my place – where I could explore the use of reflections. She has lots of chairs and very good taste. So I set to work and this was the first of the series I took:
As you can see, the chair was not initially blue but I wasn’t too concerned about the color because I knew I could change it in post production. Of course it would have been easier to start with the right color but beggars can’t be choosers, right? 😉
Then I thought I could try other places, like this beautifully covered vine wall:
Then, still not sure which one would lend itself better to the final idea I made another reflection one. But I was in a hurry – this was monday, the day before I had to publish the photo – and didn’t think fast enough on how to make it work. So the image ended up like this:
I barely edited so you can still see my reflection on the glass.
I ended up scratching the last photo along with the others from this same door because it was too bright outside and I would need a lot of light on the inside to counteract that. So I went back to the first image with less reflection than I wanted and worked with that. Still, I’m pleased with the result. I think the visual worked well with the quote and evokes this feeling of sadness and regret you get when you read it.
And mostly I’m thankful for friends who are willing to open their houses and furniture for me so I can shoot the images I want and need! 🙂
________________________________________________________________________
O livro de Rachel Joyce entrou para a minha coleção em razão de uma lista de e-mails que participo chamada ‘Book Gorilla’. Esta é uma lista na qual você se inscreve e, depois de escolher os tipos de literatura que mais gosta, começa a receber e-mails com os livros eletrônicos que estão em promoção na Amazon EUA naquele dia. Os preços da promoção variam de USD4.99 até livros de graça (os livros são todos em inglês). Sendo uma amante da leitura e acumuladora de livros, amo poder expandir minha biblioteca com títulos a preços tão acessíveis e já conheci autores maravilhosos nesta lista.
‘Harold Fry’ de Rachel Joyce foi um destes. Comprei porque me parece uma história interessante e gostei da capa. 🙂 Conheço bem o ditado sobre não julgar um livro pela capa, mas confesso que tem vezes em que ignoro um livro simplesmente por que não gosto da capa nem do título. Especialmente se for do tipo romance barato, no estilo Série Crespúsculo. 😛
Voltando ao assunto: o livro sobre Harold Fry é uma história linda sobre um senhor já idoso que, quase que do nada, decide visitar uma velha amiga, Queenie, que está morrendo de câncer há muitos e muitos kilômetros de distância. O detalhe é que ele decide fazer a viagem a pé, o que lhe dá muito tempo para pensar em sua vida, seus relacionamentos, suas prioridades e o que ele fez com vida que teve. É lindo e cativante. Um livro pelo qual você não dá nada, que vem de mansinho e te pega de surpresa. 🙂 Amo livros assim.
A frase que escolhi aparece em uma das primeiras noites que Harold passa fora de casa. Quando ele está pensando na vida que levou e o que queria ter alcançado. É uma frase cheia de desapontamento e pesar e palavras que nunca foram ditas. Uma frase cheia de significado. E eu amei. Isto é ‘magia das palavras’ do mais alto calibre, do tipo de imagem que queria para o meu projeto.
O desafio era como torná-la interessante visualmente mantendo o apelo da metáfora. Pedi para a mãe de uns amigos se eu poderia usar sua casa porque eu sabia que eles tem portas de vidro – que eu não tenho – que eu poderia usar para explorar o uso de reflexos. Além disto, ela tem várias cadeiras em sua casa e muito bom gosto. E começou o trabalho.
Como você pode ver na primeira foto, a cadeira não era inicialmente azul, mas eu não me preocupei muito com a cor porque sabia que poderia mudá-la na pós-produção. Claro que teria sido mais fácil começar com a cor certa, mas cavalo dado não se olha os dentes, certo? 😉
Então pensei que poderia tentar outras idéias, como a parede coberta de plantas da segunda foto.
Depois, ainda incerta sobre qual delas eu usaria para imagem final fiz outra incluindo uma reflexão. Mas como eu estava com pressa – isto foi na segunda-feira, o dia antes da publicação da foto final – e eu não consegui pensar rápido o suficiente para fazer funcionar, a imagem ficou como você pode ver na terceira foto. Mal editei, e você pode ver minha imagem no reflexo do vidro.
Acabei por desistir da idéia da última foto junto com as outras da mesma porta porque tinha luz demais do lado de fora e eu precisaria de muita luz do lado de dentro para contrabalançar. No final voltei a primeira imagem que tinha menos reflexos e trabalhei com ela. Acho que o visual funcionou bem com a frase e os sentimentos de perda e tristeza que você percebe quando lê. Gostei do resultado.
Mas mais do que tudo, sou grata de poder contar com amigos que estão dispostos a abrir suas casas e me deixar usar sua mobília para que eu possa fotografar as imagens que quero e preciso! 🙂