(português abaixo)
Sometimes making art is like giving birth. It takes a long time from when the idea is conceived in your mind until it comes to life outside of it. And sometimes the process is not an easy, simple or painless one. This week’s image was one of those. Maybe because I didn’t realize until I started creating it how deep this story (and therefore this quote) touches me.
“The Door on the Wall“ has long been part of my imagination and my own ‘folklore’. It was only when I posted the image that I found out it has never been translated to portuguese. Which is a real shame. But if you’ve ever read it maybe it has gripped your heart and soul like it has mine. This idea of an inexpressible longing that makes everything in this world pale in comparison is something I sometimes experience. There are songs, stories and sounds that evoke this very strongly in me. Looking back it was no surprise it took such an effort to put the image together. It has become such a part of me that I didn’t feel I could reach inside far enough to bring it out.
In order to finally get to where I wanted to go I had to go to great emotional lengths. First, I called a friend who used to comment on my 365 project back when I was posting every day. We did the shoot but it was only later that I realized I didn’t really care to take variations of the same idea and ended up with hardly any pictures I could use. I don’t know why this happened as I have always done this with every image so far. This is what most of the pictures I took during the shoot looked like:
Since I didn’t have a lot of time and couldn’t recall my model I had to work with what I had, I ended up using one of the shots I took to test the light. Thank God I had those! 😀 As I was putting the image together on photoshop I realized I didn’t have enough images in my image library. So, in the middle of the process, as I was feeling stuck as to where to go next and how to make the image work, I took an afternoon off and went to visit some friends who live in a very beautiful property close to my hometown. I took a walk and shot some images like this one:
Funny thing is that even though I went shooting I had no idea I would end up using these very images to compose the one I was struggling with.
If you take time to explore the image you will realize there is a lot of meaningful imagery in the final picture, like the fact that the longing in his heart, is matched by the brightness of his eyes and that there is this faint color infusing him from the direction of the door, as you can see in the images below:
The colors (or lack thereof) are also indicative of the story and the quote. In the story, the door in question is a green door on a white wall, though for some reason I was sure it was a red door until I read it again. So I had to change the original red door into green as the original door was bright red. 😀 In the end, with the black and white it worked better to have a green door anyways and I was happy with the result.
It was only after I had posted the image on the blog and instagram that I realized I needed to have a way for you to see the details, so I decided from now on I’ll post details of the images on the same day I post them on the blog. This way it will be easier for you to see the little things and symbols that take so much time and that enrich and compose the image.
Have a great weak! 🙂
Ás vezes, fazer arte é como dar a luz. Demora um bom tempo desde que a idéia é concebida em sua mente até que venha á vida do lado de fora. E o processo, ás vezes, não é nada fácil, simples ou sem dor. A imagem desta semana foi uma destas. Talvez porque, até começar a criar, não percebia o quão profundamente esta história (e esta frase) me tocam.
‘The Door on the Wall‘ (A porta no muro) há muito faz parte da minha imaginação e do meu ‘folclore pessoal’. Foi só quando postei a imagem que descobri que este conto do H.G. Wells nunca foi traduzido para o português. O que é realmente uma pena. Mas se você já teve a oportunidade de lê-lo talvez ele tenha tomado seu coração e alma como fez a mim. Esta idéia de um desejo inexprimível que torna tudo a sua volta neste mundo parecer sem cor e sem graça em comparação é algo que as vezes eu sinto. Existem músicas, histórias e sons que evocam este sentimento de forma muito forte. Olhando para trás não é nada surpreendente o quanto tive que trabalhar para montar esta imagem. A idéia já é tão parte de mim que eu não sabia se conseguiria mergulhar fundo o suficente em mim mesma para conseguir trazê-la para fora em forma de imagem.
Para conseguir chegar onde eu queria tive que fazer muito esforço emocional.
Primeiro chamei um amigo que costumava comentar sempre no meu projeto 365 durante o tempo que ele estava sendo publicado. O problema foi que quando tiramos as fotos eu me esqueci de variar as poses e fiquei com pouquíssimas fotos que eu podia usar. Não sei o que aconteceu porque sempre faço algumas variações já que não sei qual vou usar no final. Mas fiquei fixa em uma idéia e a maioria das fotos que tirei são variações da primeira foto deste post.
Como não tinha muito tempo até a publicação da imagem e não podia chamar meu modelo de volta, tive que trabalhar com o que eu tinha e acabei usando uma das fotos que tirei para testar a luz. Graças à Deus eu tinha algumas! 😀 Mas quando comecei a montar a imagem no photoshop percebi que não tinha imagens suficientes na minha biblioteca de imagens. Então, no meio do processo, me sentindo perdida e sem saber para onde prosseguir com a imagem, tirei uma tarde de folga e fui visitar uns amigos que moram em uma propriedade linda perto da minha cidade. Dei uma caminhada por lá e tirei fotos como a segunda deste post.
Engraçado é que mesmo tendo saído para fotografar eu não tinha idéia que usaria estas mesmas imagens para compor aquela que eu estava em processo de montar.
Se você tirar tempo para explorar a imagem final você perceberá que há elementos carregados de significado, como o fato de que o desejo do seu coração se espelha nos olhos dele e que há uma cor, como que reavivando ele, que vem da direção da porta como você pode ver melhor nas últimas duas imagens.
As cores (ou falta delas) também são indicativos da história e da frase. Na história a porta em questão é verde em um muro branco, mesmo que eu tenha passado anos pensando que era uma porta vermelha. 😀 Só vi que era verde ao reler a história e tive que mudar a cor original da porta do vermelho para o verde. No fim, o preto e branco ficou muito melhor com a porta verde de qualquer maneira e gostei do resultado.
Foi somente depois de ter postado a imagem no blog e no instagram que percebi a necessidade de ter uma maneira de mostrar os detalhes da imagem, como se faz com um quadro. Sendo assim decidi que vou começar a postar detalhes das imagens no mesmo dia, e post, no blog. Assim ficará mais fácil para você ver os pequenos símbolos e detalhes que tomam tanto tempo e enriquecem tanto a imagem.
Tenha uma ótima semana!